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Juros compostos e o crescimento da sua empresa

Como sabem, os juros compostos são uma dádiva para que os entende, e um peso para quem os ignora. Quem conhece, recebe; quem ignora, paga.

Se temos R$1.000,00 aplicados no banco, recebendo juros de 0,5% ao mês significa, ao final de 36 meses, não 18% (36 * 0,5), mas 19,67%: 1,67% a mais, ou quase 10% a mais do que os 18%. Isso porque o juro capitaliza no principal todos os meses, e no mês seguinte o novo juro é calculado com base no principal + os juros pregressos, gerando uma bola de neve positiva.

O contrário é cruel: uma dívida de R$ 1.000,00 a juros de 1,8% ao mês (juro baixo para a média de mercado hoje), significa ao final de 36 meses não 64,8% (1,8 x 36), mas 90,07%. Isso em razão da mesma sistemática: juro se somando ao principal e juro nova incidindo sobre principal mais todo o juro pregresso; aqui a bola de neve é negativa.

O principal conceito dos juros compostos a assimilar nesses exemplos é o seguinte: poucas “doses” repetidas ao longo do tempo resultam em um impacto significativo. No exemplo da dívida, apenas 1,8% ao mês quase dobrou o valor inicial a médio prazo.

O mesmo conceito pode ser aplicado ao crescimento de uma empresa. Claro que grandes jogadas (compra de um concorrente, assinatura com um grande cliente) podem redundar em um rápido crescimento. No entanto, um pequeno crescimento diário, se for constante, se for um padrão, se for a cultura da empresa, garante de forma muito mais sustentável um grande crescimento a médio prazo – e o que é melhor, repetindo-se em um ciclo virtuoso, a bola de neve positiva.

E por que o crescimento da empresa é importante para todos? Os sócios ganham mais responsabilidades, mas também aumentam as suas chances de retorno. E os demais colaboradores, o que ganham?

Se uma empresa não cresce, as oportunidades dentro dela são um jogo de soma zero: para um ganhar, outro precisa perder. Assim, se alguém quer crescer, quem estiver acima tem que ser demitido, promovido, ou se aposentar.

Já na empresa em crescimento a realidade é diversa. Não há jogo de soma zero. A empresa cresce, as oportunidades aumentam, novas lideranças são necessárias, chances de promoção ocorrem até dentro de uma mesma função (remanejamento de clientes, aumento de complexidade do trabalho etc.).

Como o crescimento se comporta como os juros compostos, um pouco que um faça, se acumulado por todos, o resultado final é poderoso. Turbina-se a empresa, aceleram-se as oportunidades, e com elas, as carreiras.

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