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ilustração Lula e futuro

Lula preso, a taxa de juros e os riscos

O que muda para as empresas o fato do Lula ter sido preso. Hoje nada, no futuro talvez. Muda para melhor ou para pior? Ou os dois? Tudo depende do andamento do cenário político pós prisão de Lula, quais atores políticos ganham força, quais perdem…

Taxas de juros futuros – um indicador das expectativas

O título mais longo negociado atualmente pelo governo é um titulo com vencimento em 2050 (NTN-B 2050), que paga inflação mais uma taxa de juro real fixada no momento da compra. O governo pagava mais de 7% em 2016, e agora paga próximo de 5%.

A queda na taxa real foi ainda mais acentuada em vencimentos mais curtos.

Esse é um indicador de que a expectativa dos investidores para os próximos anos é de mais investimentos e consequentemente aquecimento da atividade econômica.

Histórico da cotação do título NTN-B com vencimento 2050

Podemos notar que a ordem de prisão do ex-presidente teve pouco efeito nessas taxas. Houve até certo aumento recente por conta das incertezas externas (Trump + China).

Os eventos que influenciaram mais significativamente essa cotação foi o impeachment do governo petista e a confirmação do cenário de condenação em segunda instância e consequentemente inelegibilidade do ex-presidente.

E os riscos?

Se a expectativa de futuro é de mais investimentos e de economia mais aquecida, outros riscos econômicos aparecem no horizonte. Todas ações judiciais que vem processando e prendendo políticos e grandes empresários demonstram um ativismo perigoso de corporações do judiciário e do ministério público.

Como diz certo ditado, precisamos tomar cuidado com os nossos desejos, pois eles podem se tornar realidade. As mesmas instituições que ganham força e aplausos pelo seu implacável avanço sobre a corrupção, se manifestam e fazem greve por vantagens como auxílio moradia, aposentadoria integral e reajuste de salários. Defendendo, portanto, benefícios no mesmo momento em que PIB despenca 7% e arrecadação do governo cai ainda mais do que isso.

Será que neste contexto o próximo governo terá força para propor uma reforma da previdência e a implantação de políticas de gestão que aumentem a produtividade dos funcionários públicos? Conseguirá reduzir custos com funcionalismo, com previdência, com serviços, ou não continuará imobilizado, com pouco dinheiro para investir em infraestrutura e no crescimento do país?

A prisão do ex-presidente Lula altera o cenário político em ano de eleições majoritárias para governos estaduais e presidente, possibilitando novos “players” e novas ideias. Resta saber se esse novo cenário político se refletirá em um novo cenário econômico e quais as ideias econômicas que prevalecerão.

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